sábado, 20 de julho de 2013

nostalgia


No último dia em que eu passei em Uberlândia, minha mãe resolveu visitar a mãe de um amigo nosso que faleceu. Lá foi tão ♥
Aproveito a oportunidade pra contar a breve história desse 'amigo'. Ricardo era o nome dele, e ele era uma pessoa incrível. Ele conhecia meus pais desde a adolescência, e fez com que os dois se conhecessem. Mesmo depois que eu nasci, os 3 se divertiram bastante, iam à cachoeiras, acampamentos, clubes, restaurantes, faziam trilhas de bicicleta, enfim. O meu nascimento foi só um detalhe, porque depois que cresci um pouquinho (um pouquinho mesmo) eu passei a participar de tudo. E ele sempre esteve presente...Mesmo quando mudamos de Uberlândia eu sentia que ele estava presente. Eu tinha alguns amigos imaginários e ele fazia questão de saber sobre cada um, eu era fascinada com as tattoos dele e morria de vontade de visitar os lugares que ele havia visitado. Acontece que depois de um tempo, ele contraiu o vírus da Aids e faleceu de pneumonia. Ao contrário do esperado, não foram meses de sofrimento, todos tristes com a doença dele, até porque, ninguém sabia. Ninguém além dele. Os últimos anos dele de vida foram, na minha concepção, bem aproveitados. Ele continuou com todos os projetos de botânica dele, continuou viajando. Um tanto doido isso, mas a cara do Ti Rícards. Não deixo de registrar a minha admiração e amor por ele, admiração pela incrível pessoa que era: meu melhor amigo de infância, desde sempre, pra sempre.



gracinha, né não?




Mudaram as estações, nada mudou. Mas eu sei que alguma coisa aconteceu, tá tudo assim tão diferente. Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar, que tudo era pra sempre sem saber, que o pra sempre sempre acaba? Mas nada vai conseguir mudar o que ficou. Quando penso em alguém só penso em você, e aí, então, estamos bem.
Detalhe pra minha foto ali (de vestido rosa). Tanta saudade ♥